sábado, 3 de março de 2012

AH! O TEMPO....

Se tem algo que me perturba é o tempo.
Hoje fiquei um tempão matutando sobre essa idéia, tentando definir  O TEMPO.
Resultado: Não cheguei a conclusão nenhuma!!!
Não sei explicá-lo, não sei controlá-lo, não sei nem sequer usá-lo.
Fazendo minhas contas, cheguei a conclusão que tenho muito mais tempo vivido do que pra viver.
É claro que quero passar dos 80, mas.... não criemos expectativas!
Isso me apavora! Fico pensando o que fazer pra aproveitar melhor o tempo.
Viajar, relaxar e eixar rolar, correr atrás do tempo perdido????
Não sei!
Fico pensando o que faria se pudesse voltar no tempo.
Uma coisa que certamente eu mudaria é a minha relação com o meu corpo, acho que seria mais generosa com ele, teria muito mais cuidado, seria mais vaidosa (coisa que nunca fui)...
Ainda não tenho uma opinião formada sobre o tempo, apenas uma certeza: Nós estamos sempre em mudança, mas ele continua sempre igual.... passando, passando.....

É como a música Aquarela, que choro sempre que ouço...Mais especificamente nesse trecho, onde no clipe aparece uma criança dentro de uma nave, e essa criança vai envelhecendo...


...Um menino caminha
E caminhando chega no muro
E ali logo em frente
A esperar pela gente
O futuro está...

E o futuro é uma astronave
Que tentamos pilotar
Não tem tempo, nem piedade
Nem tem hora de chegar
Sem pedir licença
Muda a nossa vida
E depois convida
A rir ou chorar...

Nessa estrada não nos cabe
Conhecer ou ver o que virá
O fim dela ninguém sabe
Bem ao certo onde vai dar
Vamos todos
Numa linda passarela
De uma aquarela
Que um dia enfim
Descolorirá...



Então, pra reforçar a idéia da mudança que o tempo nos traz, vou deixar um poema do Fernando Pessoa que tem tudo a ver com os nossos recomeços na luta contra a balança:

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas ...
Que já têm a forma do nosso corpo ...
E esquecer os nossos caminhos que nos levam sempre aos
mesmos lugares ...

É o tempo da travessia ...
E se não ousarmos fazê-la ...
Teremos ficado ... para sempre ...
À margem de nós mesmos...




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